domingo, 6 de fevereiro de 2011

um volmar e quatro doces

nem deu pra adoçar a amargura:
por mais que melasse o tempo
acabou azedando o caldo

nem deu pra acoitar a rapadura
por trás de um mosquito imenso
vindo de um tempo assombrado

fica o pigarro na garganta

dos doces que a memória canta

2 comentários:

Anônimo disse...

Po, Ari! Que susto!
Amei, cara! Desculpe a ausência...
Ainda tenho que responder isso.

Um abraço

V.

Amanda Balieiro disse...

Uau! Que doce soco no estômago!

Me encanta demais!

 
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