sábado, 27 de março de 2010

revolução

(poesia em dois tempos e dois sexos)
I
presente do passado tão presente no indicativo das (indicações, indistintas, instituições) indistuições

versão masculina

quem já foi fecundado, é hora de fecundar
é este o significado da revolução feminina
nós as fecundamos na carne
deixemo-las fecundar-nos o espírito
nós as fecundamos na razão
deixemo-las fecundar-nos o coração

versão feminina

quem já fecundou, é hora de ser fecundado
é este o significado da revolução feminina
eles nos fecundaram na carne
fecundemo-lhes o espírito
eles nos fecundaram na razão
fecundemo-lhes o coração

II
futuro do (presente, pretérito, pretendido) preténdido do presentaço que ganharemos se sacarmos

versão feminina

quem já foi fecundado, é hora de fecundar
é este o significado da revolução masculina
nós os fecundamos no espírito
deixemo-los fecundar-nos a carne
nós os fecundamos no coração
deixemo-los fecundar-nos a razão

versão masculina

quem já fecundou, é hora de ser fecundado
é este o significado da revolução masculina
elas nos fecundaram no espírito
fecundemo-lhes a carne
elas nos fecundaram no coração
fecundemo-lhes a razão

2 comentários:

Amanda Balieiro disse...

Será que saquei?

Se sim, há um inversão de imposições muito engraçada aqui!
Onde na verdade os dois sexos são vítimas da própria auto-confiança!

continuo tentando sacar mais! rs

grande abraço!

Ari Pedro disse...

Amanda poeta

sacou mesmo!!!

bjs

 
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